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Foto do escritorFrancisco das Chagas Costa

Morte da jornalista Nathalia Urban gera comoção e deixa legado de luta por causas sociais

Atualizado: 5 de out.

Morte da jornalista Nathalia Urban gera comoção e deixa legado de luta por causas sociais


A morte da jornalista brasileira Nathalia Urban, aos 36 anos, em Edimburgo, na Escócia, gerou grande comoção nas redes sociais, especialmente pela ausência de esclarecimentos sobre as circunstâncias.


O portal g1 reuniu informações sobre a trajetória da profissional, que nasceu em Santos, no litoral de São Paulo, e destacou-se por abordar temas como imperialismo, racismo, imigração, capitalismo e feminismo em seus trabalhos jornalísticos e nas mídias sociais.

Até o momento, o Itamaraty e o Consulado-Geral do Brasil em Edimburgo não forneceram mais informações sobre o caso, embora contatados pelo g1 na quarta-feira (25).


A família de Nathalia também desconhecia detalhes sobre o ocorrido, revelando que ela foi mantida viva por aparelhos. O portal Brasil 247, onde Nathalia atuava como correspondente, tem conduzido os trâmites relacionados à situação.

Durante transmissões ao vivo na quarta-feira, o Brasil 247 confirmou o falecimento da jornalista e informou que seus órgãos serão doados.

Nathalia Urban
Correspondente do Brasil 247 morreu aos 36 anos

Morte da jornalista Nathalia Urban gera comoção e deixa legado de luta por causas sociais: Saiba Quem era Nathalia Urban.

Nathalia Urban nasceu em 25 de dezembro de 1987, em Santos (SP), e recebeu seu nome em homenagem à data. Filha de mãe solo, mudou-se aos 15 anos para João Pessoa, na Paraíba, onde viveu parte da adolescência.


A própria jornalista, que estagiou no Jornal A Tribuna de Santos em 2013, compartilhou sua trajetória em uma entrevista a Leonardo Attuch para o quadro "Grandes Jornalistas" da TV Brasil 247, em setembro de 2021.


Na entrevista, Nathalia relatou que foi em João Pessoa, durante o ensino médio, que seu interesse por história e política floresceu, inspirado pelo professor Mário Romero.


Ela ingressou na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde foi aprovada em primeiro lugar no curso de Antropologia, realizando um sonho tanto dela quanto de sua mãe. No entanto, sua mãe faleceu pouco tempo depois devido a um câncer nos ossos.


Após essa perda e uma relação familiar conturbada, Nathalia mudou-se para São Paulo aos 19 anos, onde continuou seus estudos. Lá, foi aprovada na PUC-SP, deixando a Antropologia para cursar Ciências Sociais, área que, segundo ela, forneceu uma base mais sólida em política, alinhando-se melhor aos seus interesses.


Nathalia também cursou Jornalismo na Universidade Católica de Santos, buscando uma maior interação com as pessoas e o desejo de impactar diretamente a vida delas. Em 2013, começou a estagiar no Jornal A Tribuna.


Nesse mesmo ano, após a morte de sua avó, mudou-se para Londres com seu então companheiro, em busca de novos significados para sua vida.



Mudança para a Escócia


Insatisfeita com a vida na capital britânica e enfrentando desafios como imigrante, Nathalia experienciou preconceito na pele, uma novidade para ela. A mudança para a Escócia ocorreu após um episódio em que um cliente de um salão de beleza onde ela trabalhava como recepcionista zombou de seu sotaque. Curiosamente, outro cliente a defendeu e elogiou a Escócia, incentivando Nathalia a se mudar para lá, o que ela fez.


Trabalho e legado


Na Escócia, Nathalia Urban continuou seu trabalho no portal Brasil 247, onde criou o programa "Veias Abertas" e participava frequentemente do "Bom Dia 247". Ela produzia análises sobre questões internacionais e apresentava o programa "Globalistas". Segundo o Brasil 247, Nathalia deixa um "legado de combatividade, empatia e luta por todos os povos oprimidos do mundo".

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